A principal contratação do Corinthians para a sua 103ª temporada de
existência finalmente fez a diferença. Na tarde deste domingo, dia do
aniversário do clube do Parque São Jorge, o atacante Alexandre Pato teve
uma grande atuação e marcou dois gols na vitória por 4 a 0 sobre o
Flamengo, no Pacaembu. Romarinho e Guerrero, de pênalti, fecharam o
placar.
O resultado foi de fundamental importância para o
Corinthians na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Agora
com 29 pontos, o time de Pato (que completará 24 anos na segunda-feira)
continua a sua perseguição aos líderes. Tentará se aproximar ainda mais
da ponta diante do Internacional, na quarta-feira, em Novo Hamburgo.
Já
o Flamengo não conseguiu fazer com que a empolgação da vitória sobre o
Cruzeiro, pela Copa do Brasil, representasse também uma ascensão no
Brasileiro. A equipe dos ex-corintianos Mano Menezes, Felipe, Chicão,
Wallace, André Santos e Elias ainda tem 19 pontos, próxima da zona de
rebaixamento. O objetivo é se reabilitar contra o Vitória, na
quarta-feira, em Brasília.
O jogo – Em uma tarde festiva no
Pacaembu, o primeiro a levantar os convidados do Corinthians nas
arquibancadas não foi um jogador de futebol. O rapper corintiano Rappin
Hood entrou em campo pouco antes de a partida contra o Flamengo começar e
puxou o coro de “Parabéns para você” – só não foi tão bem aceito quando
citou a chamada “República Popular do Corinthians”, invenção do
departamento de marketing do clube.
Penetras na comemoração de
aniversário do Corinthians, os flamenguistas também queriam participar
da festa. O principal alvo do público visitante era justamente um
atacante com passagem pela Gávea: Emerson, que precisa se acostumar às
gozações depois de divulgar a polêmica foto em que aparece beijando um
amigo. “Beija! Beija! Beija”, gritavam os rubro-negros.
Sheik, no
entanto, estava no banco de reservas do Corinthians. O técnico Tite
preferiu apostar em um jogador até então contestado como parceiro do
peruano Paolo Guerrero. “O Pato vai para cima dele!”, bradou o gaúcho,
quando questionado sobre a improvisação de Paulinho na lateral direita
do Flamengo.
A torcida do Corinthians deu mais atenção a outros
jogadores do time visitante. O meio-campista Elias aplaudiu o público
alvinegro assim que pisou no gramado e foi retribuído com gritos
entusiasmados. Seguiram-se coros para o zagueiro Chicão e (mais
timidamente) o lateral esquerdo André Santos. Já o goleiro Felipe, com
saída conturbada do Parque São Jorge, foi ofendido com palavrões.
Douglas
era o único jogador do Corinthians em campo que havia atuado com todos
aqueles ex-corintianos. E estava bem à vontade com a situação. Como tem
ocorrido desde a sua promoção ao time titular, o meia logo se encarregou
de distribuir a bola ofensivamente com passes precisos para Alexandre
Pato e Guerrero. Só pecou quando recebeu assistência do peruano dentro
da área e foi preciosista, optando pelo passe de cabeça.
O
Flamengo até tentou não ficar recuado no Pacaembu. Muito dependente da
criatividade e do empenho de Elias, o time rubro-negro conseguiu
incomodar com alguns lançamentos longos e através da velocidade do
atacante Rafinha. André Santos e o meia-atacante Carlos Eduardo,
contudo, estavam longe de acompanhar aquele ritmo.
Pato aprendeu
que deveria ter uma postura bem oposta à da dupla de flamenguistas para
vingar no Corinthians. Antes criticado pela falta de empenho, o atacante
fez questão de demonstrar rispidez em uma de suas primeiras disputas de
bola com Paulinho, aos seis minutos. Empurrou o adversário próximo da
bandeira de escanteio e ganhou os primeiros aplausos do dia.
Cerca
de 20 minutos mais tarde, o astro do Corinthians correspondeu de outra
forma. Douglas novamente foi um maestro ao usar o calcanhar para acionar
Romarinho, que avançou dentro da área e cruzou rasteiro. Do outro lado,
Alexandre Pato se esticou para conferir. Depois, correu na direção da
maior torcida organizada do time, eufórica.
O Flamengo queria dar
o troco rapidamente. Já no ataque seguinte, Elias apareceu com
liberdade à frente de Cássio, que saiu bem do gol e fechou o ângulo na
conclusão do destaque adversário – em um raro susto proporcionado à
defesa do Corinthians na etapa inicial.
Aos 34 minutos, o placar
mudou outra vez. Em uma bola perdida por André Santos, Douglas voltou a
enfiar a bola para Alexandre Pato. O atacante ganhou da marcação na
velocidade, passou pelo goleiro Felipe e ficou sem ângulo para
finalizar. Ainda assim, chutou na rede – fazendo lembrar um dos seus
bons momentos pela Seleção Brasileira.
Com a redenção de Pato e 2
a 0 no marcador, a torcida do Corinthians se permitiu festejar os 103
anos do clube novamente. O primeiro tempo terminou embalado por mais um
coro de “Parabéns para você”. Não sem antes o time alvinegro trocar
passes rapidamente, sob berros de “olé”, como se estivesse jogando
futsal.
“Estamos jogando como nunca, mas temos que respeitar o
Flamengo. O olé é só fora de campo”, avisou o volante Ralf, sisudo,
quando descia para o vestiário. Com motivos maiores para preocupação,
Mano Menezes prometeu agir antes do segundo tempo. E assim fez:
substituiu o ineficiente Carlos Eduardo por Gabriel.
A alteração
do Flamengo não chegou a surtir efeito. Com tranquilidade para
administrar a vantagem construída no primeiro tempo, o Corinthians
passou a valorizar a posse de bola no segundo. Acelerava o jogo apenas
quando Douglas decidia fazer Pato e Guerrero correrem. O que fez Mano
apostar em Nixon na vaga de Rafinha.
O Flamengo até melhorou um
pouco depois de mais uma mudança – também porque o Corinthians já não
parecia muito interessado em atacar. Chegou a deixar a torcida rival
silenciosa quando Chicão e André Santos se prepararam para uma cobrança
de falta. Para evitar maiores problemas, Tite mandou Emerson se aquecer.
Nem
foi preciso o Sheik ir a campo para o panorama da partida ficar ainda
mais favorável ao Corinthians. Quando ele se preparava para entrar, Pato
teve mais uma chance de bater firme dentro da área. Acertou a defesa do
Flamengo no chute. Romarinho ficou com a sobra e fez isso: o terceiro
gol do time aniversariante.
O placar dilatado foi a senha para
Emerson substituir Pato – ovacionado, de pé, pelo maior público que o
Corinthians levou ao Pacaembu nesta temporada. E ainda havia tempo para
mais festa. Lançado na ponta direita por Douglas (sempre ele), Emerson
invadiu a área e acabou derrubado. Pênalti, que Guerrero conferiu aos 39
minutos para sacramentar mais uma vitória dos 103 anos de história do
bicampeão mundial.
Fonte: Gazeta Esportiva
Outra postagens
01 setembro 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mande seus comentários assim como as criticas também, mas as criticas construtivas. As sugestões e pedidos serão aceito com muito prazer. Os melhores comentários serão postados neste blogue. Assim como as criticas, sugestão e pedidos.