TERRA MAGAZINE
BOB FERNANDES
Nesta terça-feira, representantes do movimento Bom Senso e a diretoria do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo discutiram detalhes da realização da greve que pretende paralisar o Campeonato Paulista no próximo final de semana. A invasão de torcedores no CT Joaquim Grava, com ameaças de agressão a jogadores e integrantes da comissão técnica, se tornou o motivo principal desta ação. As entidades deverão entrar com ação judicial alegando falta se segurança no trabalho.
A falta de segurança e de medidas que punam torcidas e torcedores violentos são o motivo para a paralisação. Enquanto acertam o movimento no futebol paulista, atletas do Bom Senso tentam sensibilizar colegas de outros estados, como Minas Gerais, Rio e Rio Grande do Sul.
Ao mesmo tempo em que o lateral Paulo César, atualmente no Audax, atua como representante do Bom Senso junto ao presidente do sindicato, o ex-goleiro Martorelli, os jogadores de São Paulo trocam mensagem pelos celulares. A notícia da greve foi confirmada pelo goleiro Roberto, da Ponte Preta, em entrevista coletiva na segunda-feira.
A falta de segurança é a bandeira do movimento, que já vinha tratando de protestar contra atrasos de salários, calendário ruim, pré-temporadas insuficientes e perigosas para a saúde dos jogadores. Mas a invasão do CT do Corinthians e um protesto da torcida da Ponte Preta na semana passada, mostraram que chegou a hora, no entendimento dos atletas, de obrigar o poder público e os dirigentes da bola a se mexerem para conter as torcidas organizadas.
Os corintianos ainda vivem sob forte tensão. Além dos momentos que enfrentaram no último sábado, eles estão sendo assediados com mensagens ameaçadoras nos celulares. Nesta terça-feira, o advogado do Bom Senso revelou ao Blog do Boleiro que há um novo fato que deixa os jogadores mais preocupados: “Os caras estão colocando nas redes sociais detalhes dos carros dos jogadores como modelo, cor e placa. Os jogadores do Corinthians não têm, a menor segurança para trabalharem em paz”, disse João Chiminazzo.
No último domingo, os corintianos chegaram a falar em não entrar em campo contra a Ponte Preta. Foram convencidos pelos dirigentes do Corinthians de que esta medida causaria prejuízos ao clube. O presidente Mário Gobbi afirmou que encontrou resistência da Federação Paulista de Futebol, da CBF e até da Rede Globo (detentora dos direitos de transmissão do Paulistão), que nega ter se manifestado a respeito. "Esta partida deveria ter sido adiada. O jogo era um barril de pólvora tanto para jogadores da Ponte quanto do Corinthians. Mesmo assim, a decisão dos dirigentes foi manter o confronto. É preciso mesmo uma medida mais drástica", falou Chiminazzo.
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