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23 janeiro 2014

Para Ministério Público, Portuguesa sabia que não poderia escalar Héverton

Meia Héverton teria sido escalado irregularmente pela Portuguesa na última rodada do Brasileirão

Uma investigação do Ministério Público de São Paulo tenta entender os motivos pelos quais a Portuguesa escalou Héverton irregularmente na última rodada do Brasileiro do ano passado. Apesar de ainda não ter uma conclusão, a promotoria estadual já tem pelo menos uma resposta: o time paulista sabia que não poderia ter colocado o meia em campo naquele dia. O MP-SP agora trabalha para descobrir se alguém teve alguma vantagem ilícita para ter descumprido o regulamento da competição. A apuração também atinge o Flamengo, responsável por ter utilizado o lateral André Santos.

A versão oficial da Lusa é de que não foi devidamente avisada de que não poderia contar com o jogador. Em suas defesas no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e em outras manifestações públicas, os advogados contratados pela equipe e outros cartolas justificaram a escalação de várias formas: no sistema informativo da CBF não constava que o atleta estava suspenso; o advogado que esteve presente no dia do julgamento de Héverton não comunicou a diretoria que ele havia sido condenado; e, ainda, que a CBF não publicou a decisão do STJD em seu site oficial.

Até o momento, ninguém havia dado como certo o fato de a Portuguesa saber que estava cometendo um erro. Vale lembrar que no episódio o presidente do clube era Manoel Da Lupa, que terminou seu mandato em dezembro de 2013, entregando o cargo para Ilídio Lico, recém eleito. Portanto, a investigação do MP tem uma ligação mais direta com a antiga diretoria do que com a nova.

Segundo o promotor de Defesa do Consumidor, Roberto Senise, a hipótese de a Lusa ter cometido um erro sem querer está praticamente descartada e pelo menos cinco pessoas prestaram depoimentos nos últimos dias para ajudar a desvendar esses mistérios. O ex-presidente do time paulista foi um deles.

'Depois que o inquérito civil foi instaurado, verificou-se que havia questões que não estavam muito bem esclarecidos sobre os motivos pelos quais os jogadores da Portuguesa e do Flamengo foram colocados em campo. Por conta disso, o Ministério Público está analisando o que levou os clubes a escalarem esses dois jogadores apesar de saberem que eles não poderiam estar nesses jogos', afirmou o promotor, para o ESPN.com.br.

Senise explica também que ainda que se prove que alguém ganhou alguma coisa para colocar os jogadores em campo, nada muda na linha adotada pelo Ministério Público, que aponta que a CBF desrespeitou o Estatuto do Torcedor ao não publicar a decisão do STJD que suspendeu por duas partidas o meia da Lusa.

'Pouco importa se teve outra responsabilidade, se alguém fez isso querendo ou sem querer. A falha em relação ao Estatuto do Torcedor não muda em nada. A publicidade tinha que ter sido feita de qualquer jeito, independentemente de qualquer outra coisa', explicou Senise, que disse que vai propor um acordo na semana que vem para a CBF, para que ela suspenda a validade do julgamento e, portanto, devolva os pontos para a Portuguesa e para a Flamengo.

Roberto Senise fez questão de ressaltar que não abriria detalhes do processo, para não atrapalhar a investigação. No entanto, o promotor deixou claro que o assunto é muito grave.

Fonte: ESPN

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