A diferença de postura dentro de campo foi gritante. É óbvio que a falha grotesca da arbitragem jogou por terra tudo o que Marquinhos Santos havia planejado, mas no quesito entrega e dedicação o Coritiba também foi goleado. Imaginei um jogo entre dois sparrings de peso. O Coxa fazendo frente ao Corinthians que vai pro Mundial; o Timão colocando à prova tudo o que o treinador alviverde construiu nesse estreito período em que comanda o time.
Nada feito. Só um time jogou. Também contou com a sorte das bolas desviadas e da noite em que Vanderlei deixou seu conhecido “reflexo” em casa. Com três a zero antes dos 20 minutos do primeiro tempo, o vencedor já estava definido. Quando os jogadores do Coxa puseram a bola no chão, mostraram seu valor. O gol de Deivid trouxe a esperança de um segundo tempo mais equilibrado.
A mudança no esquema tático, com as entradas de Pereira e Ruidiaz, não passou de uma tentativa do treinador em bloquear o lado esquerdo defensivo, já que Dênis Neves destoava. Marquinhos ousou novamente ao retirar Vinicius. Só William tinha o cacoete da “pegada”, da imposição física. Um erro de avaliação, já que o Timão continuava mandando no jogo e a marcação afrouxou, não se recuperando até o fim.
Marquinhos viu, pela primeira vez, suas substituições causarem efeito contrário. O ataque coxa-branca inexistiu. Para piorar, Pereira que havia entrado para dar segurança só vacilava. Após sua entrada, Guerrero e Paulinho fecharam a goleada com gols de cabeça. Luccas Claro deveria ser o homem do combate pela direita, não o zagueiro pesadão. Sua expulsão estava “escrita”.
Junior Urso entrou para tentar fechar a frente da área e evitar um mal maior. Por seu lado Tite não se mostrava satisfeito. Renovou o time com Danilo, Romarinho e Edenilson, mantendo a defesa alviverde em alerta durante toda a partida e não dando chances para o Coritiba evoluir. Um jogo que não deve ser esquecido e servirá de aprendizado para a nova Comissão Técnica. O Timão está um nível acima.
Fonte: Paraná online
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12 novembro 2012
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