São Paulo, SP, 21 (AFI) – O contrato de patrocínio acertado entre Corinthians e Caixa Econômica Federal não agradou ao São Paulo. No mesmo dia em que surgiram as primeiras informações do acordo, o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Tricolor, Julio Casares, fez críticas ao negócio em sua página oficial no Twitter.
O dirigente disse achar “perigoso Governos priorizarem algumas entidades esportivas em detrimento de outras”. O cartola se referiu claramente às negociações fracassadas entre o Sampa e a Caixa, que chegaram a flertar para um possível acordo.
Os rumores surgiram em julho, mas segundo os dirigentes são-paulinos não houve acerto porque a Caixa priorizará cidades cujas prefeituras são suas parceiras. Como a capital paulista não tem parceria com a estatal, o negócio não saiu do papel.
Agora, o acerto com o Timão gerou mal estar pelos lados do Morumbi. O argumento usado pela assessoria da Caixa é de que o contrato firmado com o clube alvinegro é diferente de outros de seus patrocinados, como Avaí e Atlético-PR. No caso dos paulistas, não haverá necessidade de parceria com a prefeitura de São Paulo.
O ex-diretor de marketing do Tricolor, Roge David, também disparou contra a Caixa. Ele foi um dos dirigentes que negociou com a estatal. Sem “papas na língua”, ele também postou em seu Twitter várias críticas e acusou de influência política para o acerto entre Caixa e Corinthians. Comenta-se que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estaria por trás.
“O patrocínio da CEF (sigla da Caixa) é discaradamente político. Não ver isso é cegueira”, esbravejou. “Que incentivem esportes que precisam e não um time rico”, continuou.
A revolta de David, entretanto não parou por aí. Ele ressaltou o tratamento desigual entre o Timão e outros concorrentes. “A Lei de Incentivo ao esporte está disponível para todos por igual. Dinheiro de patrocínios e para estádio não”, alegou. “Para escancarar de vez só falta o Governo Federal contratar jogadores”, finalizou.
Fonte: Futebol Interior
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21 novembro 2012
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