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Cris no treino do Galatasaray
Crédito da imagem: Reprodução / Site
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- Tive uma ótima proposta do Galatasaray, e vim. O clube tem torcedores fanáticos, igual aos times do Brasil. Eles vivem o futebol, aqui. Estou gostando muito, o clube é muito interessante, está jogando a Liga dos Campeões, o que foi muito importante para a minha decisão. Conquistei praticamente tudo na França, mas o clube aqui também é vencedor. Já arrumei casa, escola para as crianças e o único problema é a língua. Como falo pouco inglês, estou com um professor particular, alguns jogadores falam francês e o Felipe Melo e o Taffarel (treinador de goleiros) me ajudam muito também.
Em entrevista exclusiva ao globoesporte.com, por telefone, Cris falou como foi a transição do futebol francês para o turco, revelou a vontade de voltar ao Brasil e o bom relacionamento com os jogadores brasileiros da época de Lyon. O Camisa 3 também deu sua opinião sobre a confusão entre o amigo dos tempos de Cruzeiro, Alex, e o Fenerbahçe - maior rival do Gala -, apesar de afirmar que os únicos que podem falar sobre o assunto são os envolvidos.
- Conheço o Alex desde os 20 anos. Ele é um amigo e sempre nos falamos. Mas é chato ver tudo o que ele fez pelo clube, o quanto ele se doou e ver como foi a saída dele. Alguns dias antes o clube o homenageou e depois o cara teve que sair pela porta dos fundos. Ninguém consegue entender muito bem o que aconteceu, só eles sabem. A imagem que ficou foi de falta de respeito e falta de reconhecimento pelo jogador que se entregou completamente ao clube.
Cris é assim. Fala o que pensa, mas pondera os dois lados. Afinal, intempestividade é uma característica dos jovens, não de um veterano que chegou a seleção em 1999, com o técnico Vanderlei Luxemburgo, e defendeu a amarelinha por uma década. Mesmo com tantos anos de profissão, o jogador não nega que disputar a Liga dos Campeões ainda é um diferencial na carreira de qualquer jogador, mas reconhece que as chances de classificação do Gala, que está no grupo H, são remotas e que a cada ano que passa se aproxima da aposentadoria (confira a classificação dos grupos na Liga dos Campeões).
Confira a entrevista na íntegra:
globoesporte.com: Aos 35 anos, pensa em voltar ao Brasil? Quer ficar por quanto tempo na Europa?
Cris: Eu tive propostas e telefonemas do Brasil, da Europa e do Mundo Árabe. Tinha também mais um ano no Lyon, onde estava bem adaptado. Apareceu essa proposta pelo Taffarel, apenas dois dias antes de fechar a janela. A negociação foi muito rápida. O Lyon também queria se desfazer de alguns jogadores por conta da situação delicada que estava vivendo economicamente. Conversei com a família e não teve muito o que pensar. Lógico que voltar para o Brasil seria uma opção muito gostosa. Mas eu preferi continuar na Europa.
Recebeu sondagens de brasileiros e escolheu não voltar? Por que?
Tive sondagens. Mas ainda não é a minha vontade voltar para o Brasil, neste momento. A minha intenção era voltar em maio de 2013, no final do meu contrato com o Lyon. Mas essa proposta de dois anos do Galatasaray adiou um pouco a volta. Não quero falar nomes em respeito aos clubes e por que não houve nada oficial. Mas teve clube de São Paulo, de Belo Horizonte e de Porto Alegre. Não fecho portas, no futebol tudo muda de uma hora para outra e conversando posso voltar antes do final do contrato. Gostaria de terminar minha carreira no Brasil. Acompanho muito o futebol brasileiro. Mas nenhuma proposta fez eu mudar de idéia quanto a ficar na Europa.
Qual é o objetivo do Galatasaray para este próximo ano?
No Campeonato Turco estamos na nona rodada e somos os líderes, até o momento, e já marquei meu primeiro gol. Na Liga dos Campeões ainda temos chances de classificar mais está muito difícil. Temos que ir a Romênia para buscar a vitória (contra o Cluj) e ainda assim dificilmente nos classificaremos em primeiro. Vamos brigar até o fim pela última vaga. Classificar para as oitavas de uma Liga é importante para qualquer jogador e todos os clubes. Mas, o objetivo é buscar o primeiro lugar em tudo, sempre.
Voltando para a época de Lyon, você ainda tem contato com os brasileiros que jogavam com você lá?
Somos amigos, temos uma boa relação. Tenho muito contato com o Juninho, com o Fred e com o Caçapa que, antes de eu vim para a Turquia, me visitou em Lyon. Estou sempre acompanhando os jogos do Fluminense e do Vasco por causa deles.
Você foi convocado pela primeira para a seleção há 13 anos atrás (sub-20). Ainda se vê, de alguma, na seleção?
Hoje não tenho mais esse objetivo (seleção) foram momentos maravilhosos. Vestir a amarelinha não é para qualquer um. Mas não tenho esse objetivo hoje e tem vários jogadores jovens que merecem a chance.
Aos 35 anos, pensa em jogar até quando?
Quando se chega aos 35 anos, você começa a pensar nisso. Mas não é fácil, a minha vida foi toda dentro do futebol. Desde os 11 quando fiz a peneira do Corinthians, eu estou neste meio. Estou me preparando a cada dia para o momento. Penso em mais dois ou três anos. Mas, daqui para frente vou analisar minhas condições físicas e mentais a cada ano para avaliar o momento certo. Quero me aposentar jogando no Brasil.
* Por Daniel Falcão sob supervisão de Marcos Felipe
Fonte: Globo Esporte
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