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Crédito da imagem: Gazeta Press |
Os quase dez anos de carreira construídos no Japão, onde o Corinthians disputará o Mundial de Clubes em dezembro, fizeram com que ele se distanciasse um pouco mais da torcida brasileira.
Tuto formou dupla de ataque com Emerson entre 2001 e 2002, quando ambos estavam no Urawa Reds. 'Jogamos dois anos juntos. Os dois eram titulares, claro! Os japoneses gostavam muito da gente', comentou o ex-atleta, com um saudosismo que não foi suficiente para reforçar a torcida pelo Sheik no Mundial de Clubes. 'Vou acompanhar o torneio, sim. É um campeonato de prestígio no Japão, onde o Emerson foi bem. Mas daí a torcer pelo Corinthians... É meio complicado. Por mais que seja um clube brasileiro, é o Corinthians. Vou ficar em cima do muro nessa, ouviu?', avisou, sem cerimônia.
Mesmo sem o seu apoio, Tuto acredita que o ex-companheiro tem condições de ser decisivo no Mundial de Clubes. O que não seria uma novidade para o público japonês. 'O Emerson cadencia mais o jogo hoje em dia. Ele estava no auge quando atuamos juntos. Era bem mais rápido', contrapôs. O Sheik, que ainda nem havia ganhado este apelido na época, tinha 23 anos quando passou pelo Urawa Reds - ou 21, pois o seu delito de adulteração de idade não havia sido descoberto na época.
Diferentemente de Emerson, Tuto preferiu permanecer mais tempo no Japão. Ele já havia chegado ao país asiático em 1998, quando deixou o Glória de Vacaria e as categorias de base do Grêmio com destino ao Kawasaki Frontale. Passou dois anos no clube antes de se transferir para o FC Tokyo do amigo Amaral, outro brasileiro com longevidade no futebol japonês. 'Fiz dupla com o Emerson, mas, posso dizer que, no geral, o melhor parceiro que tive foi o Amaral. Dentro e fora de campo, ele foi incomparável', elogiou o ex-atacante, que ainda defendeu Shimizu S-Pulse, Omiya Ardija e, mais tarde, Shonan Bellmare.
'Fiquei sete temporadas seguidas no Japão, voltei e passei um tempo no Brasil (na Ponte Preta, no São Caetano e no Sertãozinho) e em Israel (no Beitar Jerusalém) antes de jogar de novo no futebol japonês. Fui para lá a primeira vez por intermédio do Beto Almeida, naquele convênio que o Grêmio mantinha no Japão. Foi bom. Até comecei a falar um pouquinho de japonês para me virar. Mas não dá para dizer que aprendi o idioma de verdade', sorriu Tuto, que ainda atuou pela Chapecoence antes de encerrar a sua trajetória pelo esporte profissional em 2010.
'Ainda bato uma bolinha de vez em quando e estou cuidando das minhas coisas em Dionísio Cerqueira, a minha cidade. Comprei uns negócios aqui. Eu me preparei para parar de jogar. Sou um cara bastante tranquilo', garantiu, com a sua calma interiorana - talvez até oriental - característica. Parece ser realmente difícil irritar o calejado antigo parceiro do Sheik no futebol japonês. Desde que Tuto não seja chamado pelo verdadeiro nome, Livonir, seu sossego seguirá inabalável como o de alguém que jamais precisou marcar o herói corintiano da decisão da última Copa Libertadores da América.
Fonte: Gazeta Esportiva
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