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26 agosto 2012

Ortopedistas ganham estágios no Corinthians, Flamengo e Atlético-MG

Os departamentos médicos de Atlético-MG, Corinthians e Flamengo ganharão os reforços temporários de dois jovens profissionais nos próximos meses. Os ortopedistas André Manoel Inácio e Raphael Serra Cruz venceram um processo seletivo que contou com quase 100 candidatos para participar da segunda edição do Fellowship, programa promovido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) desde o ano passado, e terão a oportunidade de estagiar nesses três clubes de futebol.

Além de ganhar experiência no tratamento de jogadores, os dois ortopedistas selecionados passarão um mês na Universidade de Stanford (um dos mais conceituados centros de traumatologia mundial), nos Estados Unidos, acompanharão o Masters Series de Paris de tênis e concluirão o período de experiência internacional em Londres, na Inglaterra. No ano passado, os três participantes da primeira edição do Fellowship deram assistência à comissão médica do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara.

?Sempre escolhemos um mote esportivo para o Fellowship. Já foi o Pan, agora é o Masters Series de Paris, depois talvez venham Copa das Confederações, Copa do Mundo, Eliminatórias, Jogos Olímpicos, Copa América? E assim vamos indo, levando esses novos ortopedistas para praticar a medicina esportiva.
Estamos falando de um projeto inovador, único, que proporciona experiência para a vida inteira?, comentou o ortopedista André Pedrinelli, coordenador do programa, com a propriedade de quem tem no currículo um estágio de seis semanas nos Estados Unidos.

Os premiados no Fellowship da Sbot de 2011 concordaram com o discurso de Pedrinelli. Alexandre Paiva Luciano, de Taubaté (SP), Bernardo Barcellos Terra, de Vitória (ES), e Marcelo Castiglia, de Ribeirão Preto, ainda falam com entusiasmo e saudosismo do conhecimento adquirido no programa. ?A nossa vida mudou?, definiu Bernardo. ?A gente acompanhou a reabilitação do Adriano no Corinthians, o tratamento do brasileiro (?Carlos Pala?) que caiu da cama elástica no Pan, as recuperações do boxeador Robenílson Vieira, da Jaqueline, que bateu a cabeça no vôlei, dos ginastas Sergio Sassaki e Laís Souza??, listou Marcelo, embora mais empolgado com as personalidades da medicina que encontrou no exterior. ?Alguns médicos são como o Mick Jagger para mim. Eu lia livros dos caras e, de repente, eles estavam ao meu lado.?

Os novos participantes do Fellowship, já começaram a se inspirar nas histórias de quem vivenciou o programa anteriormente. O carioca Raphael Serra, que é torcedor do Flamengo (assim como Bernardo Barcellos), prometeu ?tentar ser profissional? quando estagiar na Gávea - sem deixar de sonhar com a chance de ?bater uma bolinha com os jogadores?. O experiente José Luiz Runco, médico do clube rubro-negro e da Seleção Brasileira, já alertou os novatos e futuros estagiários: ?Eles não têm noção do que é passar três semanas no Flamengo. A vivência é emocionante. Nem tudo aquilo que acontece dentro de um clube de futebol está nos livros de medicina?.

Para se sair bem quando passar pelo departamento médico do Corinthians, Raphael conta com um conhecido - Guilherme Runco, filho de José Luiz Runco, foi seu colega na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). ?Na verdade, eu fui veterano dele. Dei trote nele!?, provocou o participante do Fellowship, antes de ouvir do seu antigo bicho que estava ?muito marrento?. ?Mas o fato de a gente se esbarrar de novo foi uma coincidência feliz. Será legal encontrar o Guilherme no Corinthians, já que eu não o via há algum tempo. Desta vez, o veterano é ele?, acrescentou.

Os médicos do Corinthians garantiram que estão animados para receber Raphael e André Manoel Inácio no CT Joaquim Grava. ?A nossa proposta é mostrar a estrutura do Corinthians para eles, que é uma coisa que os médicos não conhecem antes de começar a trabalhar diretamente com futebol?, explicou Guilherme Runco. ?No ano passado, tivemos uma experiência boa com quem veio do Fellowship. Todos se comportaram muito bem. Eles tiveram a oportunidade de lidar com atletas profissionais de alto nível. Em alguns casos, até com ídolos deles. Também passaram pelas áreas de nutrição, fisiologia? Para nós, do Corinthians, foi um prazer participar do programa?, complementou seu colega Ricardo Galotti.

Apesar da ansiedade para conhecer os clubes de futebol, os jovens médicos do Fellowship sabem que a experiência no exterior também contará bastante em seus currículos. Alguns já fazem planos para retornar às suas cidades e desenvolver o que aprenderam na medicina esportiva. Marcelo Castiglia, por exemplo, pretende auxiliar o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) com o seu trabalho em Ribeirão Preto. André Manoel Inácio se espelha no veterano de Fellowship: ?Também espero ter contato com as pessoas que dominam a nossa área no Brasil para iniciar bem a carreira?.

Para João Grangeiro, que chefiava a comissão médica do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e será o encarregado de comandar o departamento do Comitê Olímpico Internacional (COI) nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, a formação de novos ortopedistas é fundamental. ?O capital humano faz a diferença. Nos Jogos de Londres, vimos que eles (britânicos) não têm absolutamente nada de diferente de nós. Possuímos tanta qualidade quanto eles. Precisamos agora reconhecer a importância de formação de pessoas?, concluiu.

Gazeta Press
Fonte: Placar

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