Semanas antes de ser campeão da Copa Libertadores, Tite
declarou que o futebol perdeu com o título europeu do Chelsea. A
crítica do treinador ao que chamou de antijogo não chegou a Londres,
porém repercutiu mal junto aos torcedores brasileiros da equipe inglesa,
agora possível adversária do Corinthians no Mundial de Clubes, em
dezembro.

'O que vale é
estratégia, tudo é estratégia. O Di Matteo (técnico do Chelsea) sabia
que não dava para atacar porque o Barcelona (oponente na semifinal da
Liga dos Campeões) tem um meio-campo de toque de bola muito bom. A gente
também tem essa consciência de que a qualidade do Chelsea é menor.
Então a estratégia foi a mais acertada contra Barcelona e Bayern de
Munique, na final', completa o engenheiro de produção carioca, de 27
anos.
Deu certo. Inspirada na torcida brasileira do Manchester
United, a comunidade tem mais de dois mil membros e mais de dez mil
seguidores no Facebook. O reconhecimento do Chelsea, a partir de trocas
de e-mails durante quase seis meses, veio em 2011. A comunidade foi
aceita por ter muitos fãs em dois anos no ar e se tornou a primeira
torcida oficial na América do Sul.
Mas a simpatia pelo time não é compartilhada apenas
virtualmente. Os torcedores fazem grandes encontros ao menos duas vezes
ao ano. No Rio de Janeiro, reúnem-se com frequência para assistir juntos
aos jogos. 'Antes era em pubs, mas o site cresceu muito, e a faixa
etária diminuiu. Como chegou uma galerinha nova, gente de 16 anos, a
gente abriu mão dos bares para ver as partidas na praça de alimentação
de shoppings, a gente reserva locais nos restaurantes', conta o líder de
uma equipe de 18 pessoas, dentre designers, editores e colaboradores.
Torcedor
do Vasco, eliminado pelo Corinthians na semifinal da Libertadores, Neto
é o símbolo de uma legião de brasileiros que torce também por outro
clube fora do Brasil. 'Acabei me envolvendo tanto que, quando me
perguntam para quem eu torceria no Mundial caso o Vasco tivesse sido
campeão da Libertadores, eu não sei a resposta', reconhece o carioca,
que tem duas tatuagens no corpo: a cruz-de-malta, símbolo vascaíno, e o
leão do Chelsea.
À procura de patrocínio que garanta sua viagem em dezembro para o Japão, o engenheiro revoltado com Tite
espera encontrar o Corinthians na final do Mundial. Não só para
divulgar seu site. 'Também porque não gosto do Corinthians. Simpatizo
com o Palmeiras por causa da união com a torcida do Vasco. Enfim, seria
uma final legal, com o Corinthians vice', provoca.
Crédito da imagem: Reprodução
Fonte: Gazeta Esportiva
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