Possível adversário do Corinthians na final do Mundial de Clubes, em
dezembro, o Chelsea já enfrentou a equipe brasileira uma vez. O duelo
ocorreu em 4 de julho de 1929, e, se foi campeão europeu em 2012 'com a
bunda lá atrás', na opinião do atual treinador corintiano Tite, o time londrino fez antijogo muito pior no amistoso de 83 anos atrás (um 4 a 4, disputado no Parque Antarctica, em São Paulo).

Mesmo
vencendo o campeão paulista, o Chelsea apresentava 'futebol medíocre',
digno de seu posto na segunda divisão da Inglaterra. A cada falta
assinalada pelo árbitro, os adversários chutavam propositalmente a bola
para fora de campo. Também respondiam com um 'sorriso cínico provocador'
aos protestos da torcida, que compareceu em bom número ao estádio do
Palestra Itália, mesmo a partida sendo em uma quinta-feira à tarde.
Linha semelhante seguiu a crônica da Folha da Manhã,
segundo a qual o oponente do Corinthians não ia 'além da violência de
jogo e de alguns arroubos de indisciplina'. 'Sem fintas, os atacantes
passam a bola sofrivelmente e investem como verdadeiros tanques. Os
médios são obscuros', acrescentou o jornal, condenando também os 'chutes
'viva São João'' (para o alto) e o 'mau vício de correr para frente, a
fim de colocar os adversários em impedimento.
O quadro corintiano até chegou à virada na etapa final, com
De Maria, porém o triunfo escapou depois de Tuffy ser vazado mais uma
vez por Elliot: 4 a 4. 'Mas o adversário foi virtualmente batido. E
tratava-se do Chelsea', ponderou A Gazeta. 'Pena é que o resultado final de uma partida (...) nem sempre deixa bem gravado no público a impressão real da atuação'.
Aquele
foi o penúltimo compromisso da pré-temporada do Chelsea na América do
Sul. Três dias depois, perderia por 3 a 1 para um combinado paulista e
encerraria a excursão com saldo negativo entre derrotas e vitórias.
Passado hiato de 83 anos, agora financiado pela fortuna do russo Roman
Abramovich, o clube poderá ter de novo pela frente o Corinthians,
atualmente o mais poderoso representante do futebol brasileiro e campeão
da Copa Libertadores.
O possível duelo no Japão só existirá caso ambos passem pelas semifinais. Ocasião em que Tite
poderia provar que 'o Corinthians não joga igual ao Chelsea, não faz o
antijogo, não fica com a bunda lá atrás esperando o adversário', como
declarou em certo momento da temporada. Ou a chance de o Chelsea de
contrariar o treinador e, de quebra, refazer a imagem deixada aos
sul-americanos depois de desembarcar em Santos, em 1929, vindo a bordo
do navio Asturias.
Crédito da imagem: Reprodução
Fonte: Gazeta Esportiva
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