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08 março 2014

Sindicato não fala com atletas, mas processa o Corinthians


UOL
Gustavo Franceschini*

 Pela invasão ao CT, no início do mês, o Corinthians pode ser obrigado a pagar até R$ 6,2 milhões aos seus jogadores. O elenco alvinegro, porém, ainda nem sabe disso. Para evitar possíveis represálias, o Sapesp (Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo) processou o clube na Justiça do Trabalho sem consultar os comandados de Mano Menezes.

"Não consultamos. Não tem necessidade. Fica uma situação ruim para os atletas lidarem com isso no dia-a-dia, mas o dinheiro será revertido diretamente para os jogadores", disse Washington Rodrigues, advogado responsável pela ação, ao UOL Esporte.

O processo pede indenização por conta da invasão ocorrida em 1º de fevereiro, quando cerca de 200 organizados invadiram o CT Joaquim Grava. Na ocasião, jogadores, dirigentes e funcionários relataram um clima de terror no local, com torcedores embriagados ameaçando, roubando e até agredindo as pessoas presentes.

O procedimento do sindicato evita a situação em que o atleta cobra uma indenização direta de seus empregadores enquanto mantém a relação de trabalho. Como representa oficialmente os jogadores, o Sapesp pode processar o Corinthians "blindando" os jogadores.

O sindicato cobra uma indenização por danos morais e outra por ambiente de trabalho inseguro. A multa sugerida é de R$ 200 mil (R$ 100 mil para cada item) para cada um dos 31 jogadores que constituem o elenco alvinegro. A decisão sobre o valor, porém, cabe à Justiça do Trabalho.

A primeira audiência já está marcada para 3 de junho, quando o Corinthians poderá apresentar sua defesa. Na sua fundamentação, o sindicato usou declarações de funcionários e dirigentes do clube, entre eles o presidente Mário Gobbi, como a que o mandatário afirma ter havido uma agressão contra Paolo Guerrero.

O processo foi o segundo passo da movimentação do Sapesp após a invasão. Antes de entrar na Justiça do Trabalho, o sindicato conversou com o MP-SP (Ministério Público) para tentar ajudar na confecção de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), para que os atos não voltem a se repetir.

As negociações, porém, não caminharam como se imaginava e o Sapesp deixou o acordo para o MP. Uma das argumentações do sindicato é de que o Corinthians mantém uma relação de financiamento com a organizada, o que agravaria a responsabilidade do clube.

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