POR: Jorge Nicola
Jogador
de futebol, de modo geral, ganha aumento quando consegue uma sequência
de bons jogos, gols ou assistências. Mas o meia-atacante Giovanni, que
fez parte do elenco campeão mundial no Japão, em 2012, é uma exceção à
regra.
O jogador teve o salário praticamente
dobrado em janeiro, apesar de estar completamente fora dos planos do
Timão desde 2013. Mais: o garoto, de 19 anos, foi devolvido por Ponte
Preta e Portuguesa antes mesmo do fim dos empréstimos.
Giovanni
iniciou a temporada ganhando R$ 30 mil por mês. Na véspera de ser
emprestado à Portuguesa, num negócio que também envolveu o zagueiro
André Vinícius e o volante Gomes, o salário do meia passou para R$ 50
mil. O aumento foi dado poucos dias antes de Roberto de Andrade deixar a
diretoria de futebol, ocupada atualmente por Ronaldo Ximenes.
Apesar
do salário mais gordo, Giovanni foi tão mal na Portuguesa quanto na
Ponte Preta. A ideia era que ele ficasse no Canindé até o final da
temporada, mas o técnico Argel decidiu dispensá-lo no início deste mês.
“A
alegação é de que tanto ele quanto o André Vinícius e o Gomes não são
melhores do que os jogadores que temos aqui”, explica o presidente da
Portuguesa, Ilídio Lico.
Comparação / Com os R$
50 mil mensais, Giovanni passou a ser dono de salário maior do que
alguns jogadores com papel importante no Parque São Jorge, como Luciano.
O
meia-atacante contratado do Avaí, que se tornou titular graças a um
começo fulminante, fatura R$ 40 mil por mês. Luciano já soma quatro gols
em apenas quatro partidas pelo novo clube — foram 212 minutos em ação.
Passagens para lá de discretas
PONTE PRETA
O
meia foi emprestado para o time de Campinas ao final do Campeonato
Paulista do ano passado e só esteve em 12 partidas com a camisa da Ponte
Preta — quatro delas como titular e oito entrando no segundo tempo.
Giovanni não marcou gols e encerrou sua passagem pelo Moisés Lucarelli
com uma expulsão. Em oito rodadas, ficou no banco de reservas sem ser
usado.
PORTUGUESA
Foi
emprestado à Lusa por uma temporada, mas acabou dispensado com menos de
dois meses de casa. Neste período, esteve em campo apenas quatro vezes,
três delas como titular e uma na condição de reserva. Marcou o único gol
da Portuguesa na derrota para o Botafogo, no Canindé. Depois da
expulsão diante do Audax, em 2 de fevereiro, não foi mais relacionado.
ENTREVISTA COM EDU GASPAR, GERENTE DE FUTEBOL DO CORINTHIANS
DIÁRIO_ Como o Corinthians avalia as recentes passagens do Giovanni pela Ponte Preta e pela Portuguesa?
EDU
GASPAR_ Nós emprestamos o Giovanni para que pudesse ganhar experiência.
Na Ponte Preta, ele até teve boas oportunidades, mas surgiu a proposta
da Portuguesa. Lá, também, ele começou bem, mas, quando o Guto
(Ferreira, ex-técnico da Lusa) saiu, o novo treinador (Argel Fucks)
deixou claro que não queria contar com ele. Então, o jogador retornou ao
Corinthians para continuar trabalhando.
Mas não é estranho um atleta ser emprestado duas vezes em um curto período de tempo e voltar ao clube de origem?
Foi
como eu falei: ele começou bem na Ponte Preta, depois perdeu espaço no
time e aí surgiu a proposta da Portuguesa. Com a troca de comando, ele
não seria aproveitado. Então voltou ao Corinthians. Ele é um atleta
jovem, formado na nossa base, trabalhou com o Tite.
E qual o projeto do clube para a sequência da carreira dele? O Mano pretende utilizá-lo nesta temporada?
A
gente não contava com o retorno dele agora. O Mano não o incluiu no
planejamento, porque o retorno do Giovanni seria só daqui a um ano.
Então, ele não conta com o atleta. Vamos esperar e ver se aparece algum
clube para ele ser emprestado, seguir jogando e adquirir experiência. A
partir do momento em que acharmos que o atleta está pronto, certamente
vamos aproveitá-lo na equipe.
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