Briga entre policiais e corintiano é investigada

FOLHA

DIEGO IWATA LIMA
DE SÃO PAULO

Uma confusão entre dois policiais civis e um torcedor corintiano, durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, no último domingo, no Pacaembu, será investigada pela Corregedoria da Polícia.

Segundo a Folha apurou, os dois policiais faziam a segurança particular do meia Valdivia, do Palmeiras. Em nota, o jogador negou que os policiais trabalhem para ele.

O desentendimento ocorreu nas cadeiras numeradas, logo depois do gol de Romarinho, aos 15 min do segundo tempo. Um corintiano, aos gritos, se dirigiu rispidamente aos policiais, acreditando que fossem palmeirenses.

Os policiais se levantaram e um deles sacou um revólver. O outro mostrou o distintivo.

O torcedor foi detido e levado ao plantão do JECrim (Juizado Especial Criminal), no Pacaembu, onde os três prestaram depoimento e assinaram termo circunstanciado (registro de crime leve).

A corregedoria vai investigar por que um dos policiais portava uma arma em um evento particular. Policiais podem ir armados desde que a autoridade policial máxima no local seja informada sobre as características da arma e o número do registro.

Também precisa ser explicado o motivo de os policiais terem uma credencial de livre acesso ao estádio.

Apenas o Corinthians, que era o mandante, tinha a prerrogativa de distribuir credenciais. Mas uma carga foi repassada ao Palmeiras para ser dividida entre os profissionais ligados ao clube que trabalhariam no domingo.

Após o jogo, o chefe da segurança do Palmeiras tentou retirar as credenciais, que ficaram apreendidas pelo JECrim.

A Secretaria da Segurança Pública de SP mantém os nomes dos policiais em sigilo, mas afirma que ambos agiram para evitar agressão.

O órgão diz desconhecer a ligação dos policiais com Valdivia, mas afirma que vai investigar o caso. O meia negou a ligação e disse que fez amizade com alguns policiais após ter sido vítima de um sequestro relâmpago, em 2012.