Se sair, Ralf deixará time órfão. Corinthians sabe e "torce contra"

Augusto Jr./Ag. Corinthians

UOL

Gustavo Franceschini

A quatro dias do fim da janela de transferências da Europa, o Corinthians faz contagem regressiva para não perder Ralf. Por mais que o dinheiro da transferência interesse em meio à crise financeira, a lacuna que seria deixada pelo volante assusta a diretoria alvinegra.

Hoje, Ralf ainda não tem uma proposta oficial para deixar o Corinthians. Na semana passada, o Napoli consultou o Corinthians para um eventual empréstimo, descartado imediatamente. O jogador e seu empresário, porém, sabem que essa seria a hora ideal para uma transferência.

Aos 29 anos, o volante tem poucas chances na seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari e, por isso, gostaria de mudar-se para o Velho Continente em busca de crescimento profissional. Para o Corinthians, o dinheiro de uma possível transferência cairia bem no meio da crise financeira.

O próprio Ralf é afetado pela falta de dinheiro em caixa. O jogador não recebeu algumas parcelas que lhe cabiam da compra de seus direitos econômicos, que o Corinthians acertou em 2012. Além dele, Pato está com os direitos de imagem atrasados e o América-MG não recebeu pela venda de Rodriguinho.

O problema é que, se vender Ralf, o Corinthians terá que correr muito para suprir a ausência do jogador, identificado com a torcida e com história longa de sucesso no clube. Se quiserem alguém do exterior, os cartolas terão de fechar algo até a próxima sexta. Como nada está encaminhado, a torcida é para que a proposta não chegue e a busca por um substituto possa aguardar até o meio do ano.

Em tese, o Corinthians podia fazer jogo duro e segurá-lo por mais tempo, já que Ralf tem contrato até o fim de 2015. Pelo histórico do jogador, porém, essa não deve ser a opção da direção.