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Fama, carros, estar sob holofotes... Alguns elementos recorrentes na vida de grandes jogadores de futebol estão bem longe do foco do lateral Uendel, contratado pelo Corinthians no início deste ano. Após três anos de sucesso pela Ponte Preta, o atleta chegou ao clube de coração com o objetivo de atingir o ápice da carreira - que já conta com passagens apagadas por outros grandes: Flamengo, Grêmio, Fluminense... Dentro de campo, foco para assumir a vaga de titular. Fora dele, uma vida tranquila, que se divide entre livros e viagens constantes para ver a família, residente em Sombrio, no interior de Santa Catarina.
Corintiano na infância por influência do pai, Osni, Uendel ainda se lembra com nitidez do título paulista de 1995. O gol de falta de Marcelinho Carioca na vitória por 2 a 1 sobre o arquirrival Palmeiras marcou o então garoto de sete anos. Na oportunidade, o Pé de Anjo abriu caminho para o título ao balançar a rede em uma cobrança perfeita, no ângulo direito de Veloso. Além da barreira, o goleiro ainda colocou o atacante Müller para proteger o canto, porém, não foi o bastante para evitar a igualdade.
Na entrevista exclusiva concedida ao GloboEsporte.com, no CT Joaquim Grava, Uendel lembrou da família em diversos momentos. O tempo livre de concentrações é dedicado ao “corintiano patriarca” Osni, à mãe, Dilseia, à irmã Cris e à namorada Katleen – que também mora em Santa Catarina, na pequena cidade de Ermo, e com quem o lateral já está há um ano e meio. Quando não é o jogador que vai ao encontro dos familiares, são eles quem se deslocam para matar as saudades.
- Sou muito ligado à família. Sempre fui de ficar sossegado, com eles. A vida de jogador de futebol é corrida, estamos cada hora em um lugar diferente, mas quando posso viajo a Santa Catarina para vê-los. E às vezes são eles que vêm para cá - disse.
Homem caseiro, Uendel gosta de aproveitar as horas vagas de maneira produtiva. A leitura se tornou um hobby rapidamente. No ano passado, o jogador se encantou com os romances “O Código da Vinci” e “Anjos e Demônios”, escritos pelo norte-americano Dan Brown. Em dezembro, viajou a Paris e Roma para conhecer o ambiente onde se desenrolavam as respectivas tramas. Agora, aguarda dicas do zagueiro e também escritor Paulo André sobre novos títulos.
- Tive uma origem humilde, mas recebi uma boa educação dos meus pais. Temos muito tempo vago, e a leitura é um passatempo muito bom. Ainda mais para nós, jogadores, que infelizmente não conseguimos seguir uma educação, fazer faculdade. A leitura preenche esse espaço. Procuro sempre ler para crescer como pessoa - explicou.
Na curta trajetória até aqui no Corinthians, tudo aconteceu muito rápido. Com Fábio Santos entregue ao departamento médico até o meio de fevereiro por conta de um problema no púbis, Uendel será titular neste domingo, às 17h (horário de Brasília), contra a Portuguesa, pela estreia no Campeonato Paulista. Concorrente de Fábio também na passagem pelo Grêmio, em 2010, o reforço alvinegro espera ganhar a confiança de Mano Menezes o quanto antes. E não tem dúvidas: a camisa do Timão cairá muito bem.
- Infelizmente o Fábio está se recuperando de lesão, mas sabemos que é um jogador de qualidade. Eu, que estou chegando, tenho de aproveitar essas oportunidades, mostrar confiança para a comissão técnica e para os torcedores. Sabemos que a temporada é longa, é um ano de Copa do Mundo, e haverá oportunidades para todos jogadores. Estou no melhor lugar possível.
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