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Rodrigo Coca/Ag. Corinthians |
A obra, segundo divulgou o “Estadão” é integrada por três campos para treinamento. Um chega a ter arquibancadas para receber 2000 expectadores. O conjunto tem ainda alojamento para 150 jogadores, restaurantes e um setor administrativo informatizado.
O clube do Parque São Jorge superou nesta área de prospecção de valores os seus concorrentes. Três campos e interesse pelos atletas sub 17 e sub 20 correspondem a uma verdadeira fábrica de craques. Os 36 milhões que o plano custará não chegarão a cobrir o total que poderia ser eventualmente dispendido com a contratação de jogadores já consagrados, vindos de outros clubes ou até do exterior, o que seria lamentável para um país de mais de 200 milhões de habitantes, os quais poderão produzir muitas joias para serem garimpadas para a primeira camada de profissionais.
Se os dirigentes corinthianos complementarem este trabalho providenciando educação de base, e escolaridade para estes jovens, terá feito uma obra de inclusão social que tornará os responsáveis por este programa dignos de aplausos e alta consideração.
Se faltarem recursos para este plano, creio que haverá uma legião de corinthianos que queiram ajudar espontaneamente o clube e os jovens candidatos aos jogos da Série A.
Este movimento massivo também produzirá um excedente de atletas promissores que poderão ser negociados com outros clubes do país e do exterior.
Para o autor destas linhas, esta medida do Corinthians está plenamente de acordo com o livro que está sendo escrito e que terá o título “Esporte: da Base ao Vértice”. Nesta obra, é defendido para todas as modalidades o princípio de que, na pirâmide da atividade esportiva, a altura do vértice técnico depende da base quantitativa.
Seguindo este princípio, o Corinthians igualmente economizaria recursos com contratações externas, pois a promoção dos jovens “feitos em casa” compensaria o custo de jogadores de outras origens sem a necessária dose de amor ao clube que teria a “prata da casa”.
A Copa São Paulo de Futebol Jr., os certames nacionais sub 17, e sub 20 e até o sub 15 serão excelentes vitrines para os futuros valores do nosso futebol demonstrarem talentos. Eles correspondem à escada que, a partir do primeiro degrau, chega aos degraus do pódio olímpico.
Quem poderá dizer que a nossa seleção dos jogos de 2016 não terá um representante deste excelente programa que está sendo planejado.
NO PÉ
O entusiasmo com que defendemos este programa poderá ser interpretado com fruto de uma paixão futebolística.
Não é o que ocorre. Com 67 anos de militância na crônica esportiva (sou decano da ACEESP), sou do tempo em que, por razões éticas, um jornalista tinha a obrigação de ser apartidário, não ser cronista torcedor.
Gostaríamos que outros clubes, que igualmente têm uma boa infraestrutura, também aumentassem a produção desta fábrica de craques e assim não tivessem necessidade de importar jogadores do exterior.
Jogador de futebol seria mais um item de nossa pauta de exportações. Este trabalho ajudaria ainda mais a economia do país.
Gazeta Esportiva
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