
Renato Rodrigues e Rodrigo Vessoni - 06/11/2013 - 10:01 São Paulo (SP)
Se a reta final da temporada de 2013 não tem sido agradável para o Corinthians e seu torcedor, 2014 tende a ser de mais dificuldades. Principalmente no início, o próximo ano deve contar com ainda mais obstáculos dentro e fora de campo para o Timão. A grande preocupação da diretoria é com o time. Já planejando uma reformulação de boa parte do elenco, a cúpula está consciente de que, nestes casos, os resultados não serão colhidos imediatamente. A chegada de novos jogadores e a saída de medalhões devem formar um novo ciclo, substituindo o tão vitorioso dos últimos três anos.
Apesar de ainda estarem em cima do muro e de não terem certeza de que a decisão correta é manter o técnico Tite no cargo – o presidente Mário Gobbi é o único convicto –, os diretores sabem que a troca pode estender ainda mais o prazo para readaptação a novos profissionais.
– Manter o técnico já foi um ponto determinante para que conquistássemos os últimos títulos. É uma questão da diretoria e pessoal do Tite. Minha vontade e a opinião do elenco não vão definir nada. Mas tenho comigo que mudanças radicais quase sempre não trazem resultados imediatos – afirmou o capitão Alessandro, questionado pelo LANCE!Net.
A permanência ou não do comandante pode também impactar em mudanças no departamento de futebol e comissão técnica. Além da saída de Roberto de Andrade – que deve deixar o cargo de diretor de futebol com Duílio Monteiro Alves para se dedicar à campanha presidencial de 2015 –, a permanência do gerente Edu Gaspar não está confirmada.
Fora de campo, a corrida é para que os prejuízos de uma não participação na Libertadores sejam compensados. Com a vaga praticamente perdida no Brasileirão, o Timão deixará de faturar aproximadamente R$ 10 milhões em bilheteria. As baixas cotas dadas pela Conmebol, no entanto, não fará diferença.
Convictos de que há outras formas de recuperar o buraco, a cúpula aposta no novo estádio, que já deverá receber partidas do Paulistão, entre janeiro e fevereiro de 2014.
– Independentemente da competição, o estádio será a novidade. Viu o que aconteceu em Brasília? Para o corintiano, ter a casa própria é um apelo muito forte – diz Raul Correa da Silva, diretor financeiro do Corinthians, ao LANCE!Net.
Outra fonte de renda que deve compensar a ausência na Libertadores é o marketing. Apesar de a Caixa Econômica ter exclusividade no uniforme, dirigentes do clube correm atrás de novos parceiros.
OS ANOS ANTERIORES:
2008
Rebaixado, sem elenco, sem dinheiro e sem patrocínio master. Previsão tenebrosa. Mesmo assim, Timão foi vice da Copa do Brasil e campeão da Série B. Perdigão (foto) era uma das “estrelas”.
2009
Timão iniciou com a equipe base do ano anterior, melhor financeiramente e com o reforço estrondoso do Fenômeno Ronaldo, que voltava ao futebol. Foi campeão paulista e da Copa do Brasil.
2010
Expectativa era a melhor possível, mas o ano do Centenário ficou marcado pelo fracasso na Libertadores e no Brasileiro, e pela saída de Mano para a Seleção.
2011
Começo trágico, com eliminação para o desconhecido Tolima (COL), saída de Roberto Carlos e aposentadoria de R9. Equipe remontada foi apenas vice do Paulistão, mas pentacampeã brasileira.
2012
Campeão brasileiro, Timão iniciou o ano com o sonho de conquistar a Libertadores, confirmada com o time de Tite. Na sequência, o bi mundial fechou o melhor ano da história do clube.
2013
Expectativa do bi da Libertadores e do tri mundial não foi confirmada, apesar dos reforços milionários. Paulistão e Recopa foram as conquistas do ano.
1) LIBERTADORES-14
Ruim
Três jogos da primeira fase resultariam em arrecadação de cerca de R$ 10 milhões/brutos
Bom
Cota na casa de US$ 100 (cerca de R$ 225 mil) por jogo não paga custos nem os 10% de renda que é direito da Conmebol
2) PATROCINADORES
Ruim
Sem a Libertadores ao vivo na TV, exposição das marcas será menor.
Bom
Renovação com a Caixa independe da Libertadores e há possibilidade de venda dos espaços do omoplata e da barra da camisa.
3) FIEL TORCEDOR
Ruim
Sem jogos de grande apelo na Libertadores, a necessidade de ser sócio-torcedor diminui.
Bom
Todas as renovações serão feitas em janeiro, o que deve gerar uma receita na casa de R$ 10 milhões logo no início do ano.
4) REFORÇOS
Ruim
Sem Libertadores nem Mundial, o clube se torna menos interessante aos grandes jogadores
Fonte: Lancenet
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