
– A única vez que entrei num carro foi em 96, e eu ainda estava “fininho”, aí consegui. Acho que hoje em dia não dá para entrar mais, não – disse.
Mas ele não era o único “Fenômeno” em Monza. Havia também outro craque, este sim, na medida certa para entrar no cockpit de uma tal de RBR e não dar chances para os adversários, assim como Ronaldo fazia em sua época de jogador. O nome dele: Sebastian Vettel. Soberano, o alemão venceu com autoridade na casa da Ferrari e não escapou das vaias no pódio dos “tifosi”, como são conhecidos os apaixonados torcedores do time italiano, que sonhavam com uma vitória de Fernando Alonso, segundo colocado na prova. Faltando seis etapas para o fim da temporada, Vettel abriu ainda mais na liderança e está com a mão na taça. Tanto que Lewis Hamilton e Kimi Raikkonen já jogaram a toalha.
Felipe Massa fez uma boa corrida e chegou em quarto. Mas ele não deve estar pensando muito em sua prova, e sim em seu futuro na Ferrari. Neste fim de semana, o presidente da escuderia declarou que a decisão sobre os pilotos do time em 2014 é iminente e já há jornais alemães cravando que Kimi Raikkonen ganhará a vaga do brasileiro.
Vettel dominou os treinos e conquistou a pole position. Na largada, precisou travar os pneus na primeira curva para assegurar a ponta. Foi seu único susto em 53 voltas. Passada a chicane, o que se viu foi um tranquilo passeio até a bandeirada. O alemão abriu vantagem no início, viu Alonso ficar para trás na parada nos boxes e até pôde tirar o pé nas voltas finais até para vencer com folga. Foi sua sexta vitória no ano, a 32ª na carreira, igualando o espanhol da Ferrari como o quarto maior vencedor da F-1. Alonso ainda precisou se preocupar com o outro carro da RBR, de Mark Webber, que chegou a ameaçá-lo na parte final.
Apaixonados pela Ferrari, os "tifosi" todo ano lotam as arquibancadas do circuito de Monza, palco do GP da Itália, na esperança de vitória de um piloto da tradicional escuderia. Mas ver o tricampeão da RBR, grande rival de Alonso, no alto do pódio levantando a taça de vencedor incomodou. E muito. Tanto que a torcida deixou o protocolo de lado e não poupou vaias a Vettel. Mas o líder do campeonato levou na boa, brincou e aproveitou para dar uma alfinetada:
- Você pode ouvir a diferença quando vence aqui sem vestir um macacão vermelho. No fim, isso é bom. Significa que fizemos um bom trabalho ao batermos os caras de vermelho. Estamos orgulhosos. Quanto mais vaia levamos, melhor é o trabalho que fazemos – provocou.
Prestes a ter o futuro definido na Ferrari, Massa chegou a Monza buscando uma boa atuação na casa da escuderia para impressionar. E foi bem. Entretanto, o pódio acabou não vindo. O brasileiro protagonizou uma bela largada: "engoliu" Nico Hulkenberg e também superou Webber, pulando para segundo. Pouco depois, fez o "dever de casa" e deixou o caminho livre para Alonso, que ainda briga pela taça. O terceiro lugar era possível. Porém, na parada nos boxes, os mecânicos da Ferrari não foram tão rápidos quanto os da RBR e o piloto voltou atrás do australiano. Dali em diante, não conseguiu mais se aproximar de Webber, tendo que se contentar com o quarto lugar.
Mas o domingo de Massa não foi agitado apenas nas pistas. O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, esquentou o paddock ao dizer que terá uma conversa com o piloto nos próximos dias para então definir a dupla para 2014. As especulações de nomes para o lugar do brasileiro se intensificaram. Jornais alemães, inclusive, já cravam que a escuderia acertou com Kimi Raikkonen.
Neste fim de semana, uma novidade nas transmissões da Fórmula 1 chamou a atenção dos fãs. Nos treinos e corridas, foi exibida pela primeira vez a “câmera térmica”, que mostra a variação do aquecimento nos pneus com os carros em ação. Na corrida, a câmera foi instalada “on board” na Fore India de Paul di Resta. E os fãs puderam deleitar a novidade por apenas poucos metros, já que o escocês abandonou em um acidente na primeira curva. Azar? Que nada! O replay da batida pela câmera térmica “valeu o ingresso”.
Após largar em 12º e sofrer com um pequeno furo de pneu, coube a Lewis Hamilton ser o “showman” da prova nas voltas finais. Com compostos mais frescos que os rivais por ter feito uma parada a mais nos boxes, o britânico partiu para cima com sua Mercedes em busca de preciosos pontos. Deixou Raikkonen, Pérez e Button para trás. Mas na sequência se precipitou ao tentar o bote em Grosjean, cortando a chicane e tendo que devolver a posição. No fim, terminou em nono. Como prêmio de consolação, anotou a melhor volta da prova: 1m25s849, na antepenúltima passagem.
Foi uma semana especial para a McLaren, ex-equipe de Hamilton. A tradicional escuderia completou 50 anos na Fórmula 1. Para celebrar a marca, colocou em seu centro de hospitalidade em Monza um gigante painel com o desenho de carros e pilotos campeões pela escuderia, como Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi, Alain Prost e claro, Hamilton, hoje na Mercedes. Mas os parabéns ficam por aí. Na pista, o carro deste ano segue sofrível e Jenson Button e Sergio Pérez tiveram mais um resultado muito aquém da grandeza do time. O britânico levou um pontinho para casa com o 10º lugar, enquanto o mexicano saiu de bolsos vazios, em 12º.
E neste fim de semana, os craques das pistas tiveram que dividir a atenção com os craques dos gramados. Além de Ronaldo, estiveram presentes também Kaká e Robinho, do Milan, Carlos Tévez, atualmente no Juventus-ITA, e também a lenda Franz Beckenbauer. Craques de outras áreas também prestigiaram a prova, como o jogador de basquete Kevin Durant e o ator Rowan Atkinson
Fonte: Globo Esporte
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