Tranquilo com Pato, Tite espera astro com "a cara do Corinthians"

Alexandre Pato não marca um gol há dez jogos. Continua tranquilo, como diz reiteradamente, porém já começou a sentir o peso das cobranças – foi ríspido em algumas respostas a jornalistas no final do primeiro tempo do empate sem gols com a Portuguesa e reclamou de assistências erradas do lateral direito improvisado Willian Arão.

Ao menos publicamente, Tite ainda não perdeu a paciência com o reforço mais caro da história do futebol brasileiro. “As oportunidades não sobraram para o Pato contra a Portuguesa. Mas estou tranquilo e sei a resposta que ele vai dar”, declarou o comandante do Corinthians, que não contava com Paolo Guerrero no sábado, pois o centroavante defende o Peru nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014.

Tite tem se dedicado para que Pato comece a se aproximar de feitos de Guerrero, autor dos gols corintianos no último Mundial de Clubes. O treinador conversa bastante com o astro do elenco nos treinamentos e até durante os jogos, orientando o atacante a priorizar a precisão em detrimento da força em seus chutes. Os conselhos também se estendem à postura em campo.

“O Pato é um jogador essencialmente técnico e está aprendendo a ter a cara do Corinthians. Foi assim com Emerson, Romarinho, Douglas, Guerrero... Lutar ao máximo é uma condição básica para um atleta jogar aqui”, ensinou Tite, acostumado a mandar seus comandados “sujarem o calção”, conforme gosta de falar.

Com ou sem a cara do Corinthians, Tite acredita que Pato encerrará a má fase em julho – não poderá ser antes disso porque o Campeonato Brasileiro foi interrompido para a disputa da Copa das Confederações.

“Daqui a pouco, vai sobrar uma bola e o Pato vai guardar na rede. Ele é um jogador terminal, e isso acabará acontecendo”, garantiu Tite, que não pensa em mudar o posicionamento do atacante. “Ele é um avante de beirada, com muita presença de área. Não adianta vir buscar demais o jogo, pois o seu forte é o poder de finalização. Se chega uma bola, é caixa”, confiou, ultimamente sem muitos motivos para pensar assim.

Fonte: Super Esporte