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Nem mesmo o depoimento de um menor confessando o disparo de um sinalizador idêntico ao que matou o jovem é suficiente para que o crime não passa impune. Essa foi a análise de Ricardo Cabral, advogado do corintiano que prestou depoimentos no Consulado da Bolívia em São Paulo e foi figura central de uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo, onde ele chegou a confessar que estava envolvido no incidente.
“O fato dele ter admito o disparo não quer dizer que foi ele foi responsável pela morte. A defesa entende que o disparo foi feito por ele, como todo mundo viu, mas ninguém sabe se foi o disparo feito por ele que matou o menor. O próprio promotor boliviano não teve provas suficientes para isso. Agora, cabe ao Ministério Público da Bolívia conseguir provas, mas, como o processo foi falho desde o início, fica difícil. Esse processo nasceu morto”, disse Ricardo Cabral ainda no aeroporto, no último domingo, quando sete dos 12 que estavam presos na Bolívia chegaram ao Brasil.
Além do promotor da Bolívia, cabe também à Justiça brasileira analisar se há necessidade do menor responder por algo de acordo com as leis nacionais. Mesmo que haja prova de que ele foi responsável pela morte, o processo será por homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar.
No último domingo, sete dos 12 presos libertados por terem o caso analisado antes dos outros voltaram ao Brasil. Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, Danilo Silva de Oliveira, Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araújo, Fábio Neves Domingos, Hugo Nonato e Clever Souza Clous desembarcaram no aeroporto de Guarulhos depois de terem ficado mais de 100 dias presos em Oruro.
Reginaldo Coelho, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Cleuter Barreto Barros permanecem detidos, mas devem ter sua soltura decretada nos próximos dias.
"O promotor da Bolívia optou pela soltura dos sete, porque eles não identificaram a autoria do disparo.
Nós sabemos que houve um disparo, mas ninguém, nem uma prova documental, nem nada indica que o disparo atingiu o garoto. O processos nasceu morto e acredito que nem o menor vai ser processado no Brasil”, completou Cabral.
Fonte: UOL
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