O Mundial de Clubes terá o pontapé inicial nesta quinta-feira, com Auckland City e Sanfrecce Hiroshima. Seis equipes podem cruzar o caminho do Corinthians no sonho pelo título inédito, definido no dia 16 de dezembro, em Yokohama.
Cada continente conta com um representante. O Chelsea é apontado como o provável rival do Timão na grande decisão. Mas como futebol é imprevisível e os Blues não vivem bom momento, a tradição de um europeu contra um sul-americano pode ser quebrada pela segunda vez. Na primeira, em 2009, foi o africano TP Mazembe que fez história e foi à final contra a Inter de Milão. Neste ano, a corda pode rasgar do outro lado.
O LANCENET! destrincha os concorrentes do Timão. Confira abaixo:
AUCKLAND CITY:
Fundado em 2004, o Auckland City, embora ainda amador, tem história para contar no mundo do futebol. O clube neozelandês chega à quarta participação do Mundial de Clubes, buscando igualar, pelo menos, os "15 minutos de fama" de 2009, quando venceu Al Ahli por 2 a 0 no primeiro jogo do torneio e fechou a conta na quinta colocação, após bater o TP Mazembe por 3 a 2.
O experiente zagueiro Ivan Vicelich, de 36 anos, é o capitão e um dos destaques de um time formado, na maioria, por jovens jogadores. Ele participou de todas as campanhas na competição e também disputou a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, pela seleção da Nova Zelândia.
O técnico espanhol Ramón Tribulietx manteve quase o mesmo plantel do ano passado. O comandante também aposta nos compatriotas Riera e Exposito.
O desafio da equipe é passar pelo Sanfrecce Hiroshima, pelo play-off, para enfrentar o Al-Ahly, do Egito. O feito será digno de um título para os neozelandeses.
O Auckland City chega ao Mundial como tetracampeão da Oceania.
Títulos:
Liga dos Campeões da Oceania - (2006, 2008-2009, 2010-2011, 2011-2012)
Campeonato Neozelândes - (2006, 2007, 2009)
Time base: Spoonley, Arms, Vicelich, Steeden e Pritchett; Feneridis, Saric, Pedro e Riera; Exposito e Tate.
SANFRECCE HIROSHIMA:
O Sanfrecce chega ao primeiro Mundial de Clubes como um time desconhecido entre as forças do futebol japonês. Os anfitriões se destacaram na Liga Nacional com um futebol baseado no avanço dos meias para baterem os rivais de mais tradição no país. E deu certo, terminaram a competição com sete pontos a mais do que o Vegalta Sendai.
Azarão na J-League, o Hiroshima aposta nas categorias de base: dez jogadores convocados para o Mundial são formados pelo clube.
O comando do time fica a cargo de Hajime Moriyasu, torcedor declarado do clube, que assumiu o banco de reservas durante a temporada e foi fiel ao antigo esquema com três zagueiros.
Artilheiro da última J-League com 22 gols, o atacante Sato é o destaque da equipe, que tentará chegar à semifinal para fazer frente ao Corinthians.
Por conta do Mundial ser jogado no Japão, o Hiroshima entra em campo por ser o campeão nacional.
Títulos:
J.League (2012)
J.League 2 (2008)
Time base: Nishikawa, Chiba, Mizumoto e Moriwaki; Takahagi, Aoyama, Koji Morisaki, Kazuyuki Morisaki, Mikic; Shimizu e Sato.
AL AHLY
Estar no Mundial de Clubes tem um significado muito grande para o Al Ahly. Em fevereiro deste ano, 72 torcedores perderam a vida em Port Said, durante partida contra o Al Masry, pelo Campeonato Egípcio. Uma das maiores tragédias da História da bola.
O torneio precisou ser suspenso para as coisas serem recolocadas no devido lugar.
Vencer a Liga dos Campeões da África, mesmo após jogar em estádios vazios e ter a competição nacional paralisada com ameaça de extinção do futebol local, foi uma forma de prestar um tributo às vítimas daquele massacre.
Em campo, o grande destaque é o meia Aboutrika, que enfrentou a Seleção Brasileira na Copa das Confederações de 2009, na África do Sul. O jogador chegou a ameaçar a pendurar as chuteiras depois da tragédia de Port Said, mas voltou atrás.
O experiente Gedo é o solitário atacante da equipe e responsável por colocar as bolas nas redes.
O Al Ahly enfrentará o vencedor de Auckland City e Sanfrecce Hiroshima nas quartas de final do Mundial. Depois, se avançar, encara o Corinthians, na semifinal.
Títulos:
Campeonato Afro-Asiático (1989)
Liga dos Campeões da África (1982, 1987, 2001, 2005, 2006, 2008 e 2012)
Copa das Confederações da África (1984, 1985, 1986 e 1993)
Supercopa da África (2002, 2006, 2007 e 2009)
Liga dos Campeões Árabes (1996)
Recopa Árabe (1995)
Supercopa Árabe (1997 e 1998)
Campeonato Egípcio (1948/1949, 1949/1950, 1950/1951, 1952/1953, 1953/1954, 1955/1956, 1956/1957, 1957/1958, 1958/1959, 1960/1961, 1961/1962, 1974/1975, 1975/1976, 1976/1977, 1978/1979, 1979/1980, 1980/1981, 1981/1982, 1984/1985, 1985/1986, 1986/1987, 1988/1989, 1993/1994, 1994/1995, 1995/1996, 1996/1997, 1997/1998, 1998/1999, 1999/2000, 2004/2005, 2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2009/10 e 2010/11)
Copa do Egito (1923/1924, 1924/1925, 1926/1927, 1927/1928, 1929/1930, 1930/1931, 1936/1937, 1939/1940, 1941/1942, 1942/1943, 1944/1945, 1945/1946, 1946/1947, 1948/1949, 1949/1950, 1950/1951, 1952/1953, 1955/1956, 1957/1958, 1960/1961, 1965/1966, 1977/1978, 1980/1981, 1982/1983, 1983/1984, 1984/1985, 1988/1989, 1990/1991, 1991/1992, 1992/1993, 1995/1996, 2000/01, 2002/03, 2005/06, 2006/07)
Time base: Ekramy, Fathy, Gomaa, Naguib e Shiedid; Ghaly, Ashour, El Said, Aboutrika e Soliman; Gedo
ULSAN HYUNDAI
Estreante no Mundial, o Ulsan Hyundai é o representante asiático da competição. A equipe treinada por Kim Ho-Gon pode tornar-se a primeira do continente a chegar numa final da competição. A missão não é nada fácil. Monterrey e Chelsea estão no caminho.
Os atacantes Rafinha e Maranhão são os dois brasileiros do elenco. O primeiro se adaptou muito bem ao time sul-coreanos. No entanto, o destaque recente é o grandalhão Shin-Wook Kim, decisivo nos jogos finais da Liga dos Campeões da Ásia.
O Ulsan é um time bem equilibrado em todas as posições. Resta saber se a falta de tradição pesará no duelo contra os mexicanos, pelas quartas de final.
Títulos:
Liga Coreana (1996 e 2005)
Liga dos Campeões da Ásia (2012)
Time base: Youngkwang, Lee Yong, Taehwi e JaeSung; Changhyun, Kim Yong, Ho e Velez; Keunho, Rafinha e Shinwook.
MONTERREY
Há um ano, o Monterrey desembarcava no Japão para ser eliminado logo depois pelo Kashiwa Reysol. Neste ano, o time mexicano, bicampeão da Concacaf está de volta tentando chegar, pelo menos, à semifinal para apagar o fracasso da última incursão pela Terra do Sol nascente.
Para concretizar a verdadeira volta por cima, o Monterrey manteve quase a mesma base do ano passado, embora algumas ausências posssam pesar: Reyna e Pérez deixaram o clube e foram reforçar outros clubes do México.
O técnico Victor Vucetich conseguiu montar uma equipe mesclada entre medalhões e promessas. No lado dos experientes, destacam-se o argentino Delgado e o artilheiro chileno Humberto Suázo. O equatoriano Ayoví é o cérebro do conjunto. Os jovens são Mier e Chávez, dois defensores que conquistaram a medalha de ouro em Londres.
A vontade de fazer uma campanha digna aumenta porque o ano não foi um mar de rosas. No apertura, o Monterrey chegou apenas às quartas de final, sendo eliminado pelo Tijuana.
Títulos:
Liga dos Campeões da Concacaf (2010-11 e 2011-12)
Recopa da Concacaf (1993)
Campeonato Mexicano (1986, Clausura 2003, Apertura 2009, Apertura 2010)
Copa do México (1992)
Time base: Orozco, Meza, Mier, Basanta e Chávez; Zavala, Ayoví, Neri Cardozo e Delgado; De Nigris e Suazo.
CHELSEA
Se o Chelsea trazer o favoritismo para o Japão, ele estará cada vez menor por conta do turbulento momento do clube inglês. Depois que tornou-se campeão europeu, os Blues começaram a temporada muito bem, mas foram caindo até chegar a uma sequência sem vencer e perder posições no Campeonato Inglês.
Na Liga dos Campeões, a derrota para a Juventus causou a demissão de Roberto Di Matteo, técnico vencedor da competição em 2011-2012. Chegou Rafa Benítez, que a torcida não consegue engolir e já está na corda bamba por conta da tradição do clube de trocar de técnicos a todo momento de tempestade.
Em relação à temporada passada, o time está bem mais ágil no meio de campo com as entradas de Oscar e Hazard, com Mata voltando para compor o setor. Em contrapartida, leva muitos gols. A defesa é a maior fonte de críticas, sobretudo porque o capitão Terry teve uma lesão e a retaguarda perdeu um pouco da segurança, mesmo com o mastodôntico Cech sobre as traves.
O Mundial, por ora, é minimizado pelo Chelsea. O velho discurso de que o europeu não dá pelota para a competição. No entanto, um novo fracasso pode pesar como um elefante na cabeça de Rafa Benítez e até mesmo do bilionário e proprietário do clube, Roman Abramovich.
Títulos:
Liga dos Campeões da Europa (2011-2012)
Recopa Europeia (1970-71, 1997-98)
Supercopa Europeia (1998)
Campeonato Inglês (1954-55, 2004-05, 2005-06, 2009-10)
Copa da Inglaterra (1969-70, 1996-97, 1999-00, 2006-07, 200809, 2009-10, 2011-12)
Copa da Liga Inglesa (1964-65, 1997-98, 2004-05, 2006-07)
Supercopa da Inglaterra (1955, 2000, 2005, 2009)
Time base: Cech, Ivanovic, David Luiz (Terry), Cahill e Ashley Cole; Mikel, Ramires, Hazard, Oscar (Bertrand) e Mata; Fernando Torres
Fonte: Terra
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06 dezembro 2012
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