Enquanto
rejeita a utilização dos nomes Itaquerão e Fielzão para o seu estádio
que está sendo construído na zona leste de São Paulo, o Corinthians age
para registrar as duas marcas. O clube entrou com pedido no INPI
(Instituto Nacional de Propriedade Intelectual), autarquia do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com um pedido para
ser dono dos dois nomes para uso comercial em sete categorias de
comércio e serviço, entre elas estádios de futebol. O clube informa que
os pedidos foram feitos para evitar que empresas usem o nome em
referência à arena.
Os pedidos do Corinthians
foram feitos entre novembro e dezembro de 2011. Além de solicitar a
posse das marcas, o clube contesta o pedido de outras empresas que
tentam usar comercialmente os termos Itaquerão e Fielzão.
'Temos
mais de 10 pedidos de oposição a empresas que pretendem usar as marcas
Itaquerão e Fielzão. O Corinthians vem solicitando registro de várias
marcas que podem ser utilizadas no estádio. Além de Itaquerão e Fielzão
tem mais duas. Depositamos os nomes no INPI a pedido do marketing do
clube', afirmou ao UOL Esporte a advogada Luciana Bampa Haddad,
contratada pelo clube para cuidar do registro de marcas.
O
Corinthians tenta garantir exclusividade na utilização dos nomes em
dezenas de produtos e serviços como bolas, artigos esportivos, roupas,
serviços de telecomunicação, malas, guarda-chuvas, revistas, livros,
lojas e, é claro, arenas esportivas.
Desde o
pedido até a aprovação do registro, o processo costuma levar dois anos,
segundo advogados especialistas na área ouvidos pelo UOL Esporte. Como
entrou com os processos em novembro e dezembro de 2011, o Corinthians
deverá ter a aprovação do uso exclusivo das marcas justamente na
inauguração do estádio, prevista para o final de 2013.
O
departamento de marketing do Corinthians classifica a medida de
registrar as marcas como 'preventiva' e nega que pretenda batizar o
estádio como Fielzão ou Itaquerão. O sonho do clube é vender o nome para
uma empresa, que exponha a sua marca e banque parte do custo da obra,
orçada em R$ 820 milhões, mas que deve ultrapassar R$ 1 bi.
'Não vamos usar essas marcas
Itaquerão e Fielzão. O estádio não terá esses nomes. Registramos apenas
para impedir que alguém faça isso e use fazendo referência à Arena
Corinthians. A gente não tem pressa, mas vamos anunciar um naming
rights', afirmou ao UOL Esporte o gerente de marketing do clube, Caio
Campos.

Corinthians disputa no INPI direito do uso exclusivo das marcas Itaquerão e Fielzão
Até
agora, entretanto, o Corinthians não conseguiu nenhuma empresa disposta
a bancar o naming rights. Praxe nos Estados Unidos e na Europa, a ação
ainda não pegou no Brasil. O Atlético-PR foi pioneiro no país em vender o
nome de uma arena, para a japonesa Kyocera. Porém, após o nome ser
ignorado pelas emissoras de televisão, o contrato não foi renovado. O
Corinthians diz ter acertado com a TV Globo que a empresa patrocinadora
do estádio, caso algum acordo seja concretizado, terá o seu nome citado
nas transmissões e telejornais da emissora.
Hoje
descartado pelo Corinthians, Fielzão já foi nome de um dos projetos de
estádio do clube. No final da década de 90, o clube assinou uma parceria
com a Hicks, Muse, Tate & Furst. Uma das promessas da empresa era
construir uma arena para os corintianos, que seria batizada de Fielzão. O
projeto do Hicks acabou não saindo do papel e a parceria foi desfeita
em 2003.
Foto: UOL
Fonte: Terceiro Tempo
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