Douglas parece estar sempre acima do peso para Cleber
Xavier, um dos membros da comissão técnica do Corinthians mais próximos
do jogador,
principalmente antes da titularidade. Mas as aparências e os biotipos
enganam, e o meia, que perdeu mais de cinco quilos até o fim de julho,
segundo o clube, tem tido desempenho animador como substituto de Alex.
"O biotipo dele é estranho, parece sempre gordo. Tem jogador que é assim. Mas gosto muito das características dele. Tem muita qualidade
e bom relacionamento com o grupo. Havia dois jogadores na sua frente
(Danilo e Alex), e ele soube esperar a chance. Merece, já jogou muito no
clube quando foi campeão da Copa do Brasil (em 2009). Espero que ele
jogue também com a gente, e acredito que está empenhado nisso", diz o
assistente.
De volta ao clube no início de fevereiro – depois da passagem
entre 2008 e 2009 –, Douglas disse logo ao ser apresentado que não
daria carrinhos, como vinha fazendo com a camisa do Grêmio. Talvez fosse
um recado ao técnico Tite, em cujo esquema tático até os atacantes são
obrigados a ajudar na marcação. Alex, conhecido muito mais pela
habilidade com a bola nos pés, era o titular do meio-campo naquele
momento e servia como exemplo da exigência do treinador.
Montagem sobre foto de Djalma Vassão/Gazeta Press

Ex-presidente Andrés Sanchez comentou sobre "toque de bola lento" de Douglas em livro recém-lançado
No livro O Mais Louco do Bando,
lançado na segunda quinzena de junho, o ex-presidente Andrés Sanchez
fala desse assunto. "O torcedor prefere o cara que dá dois carrinhos do
que o cara que dá três chapéus. Um cara como o Douglas, por exemplo, de
toque de bola lento, um meia clássico, que não aparece tanto o jogo
todo, é sempre complicado de dar certo no Corinthians. Torcedor pega no
pé, não tem paciência", escreve o dirigente, que se licenciou da
presidência em dezembro de 2011, dois meses antes do final de sua
gestão.
Apesar de não dar carrinho, como fez muitas vezes Alex antes de acertar sua ida para o futebol
árabe, Douglas foi convencido por Tite de que teria que incomodar a
defesa adversária para jogar em seu time. No primeiro jogo em que ocupou
a vaga do antigo titular, o meia fez um desarme, partiu em direção ao
gol e abriu o placar da vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, na qual
ainda balançou a rede outra vez, em chute de fora da área.
"Eu
falei a ele que a minha exigência para que ele ajudasse a marcar, coisa
em que era relutante, foi que deu a ele a condição de jogo, foi o que
deu a ele o gol. Essa participação tem que ser de todos. Não é porque é
bonito ou solidário, porque ajuda a ganhar. Às vezes, ajuda o próprio
jogador, como foi o caso", aproveitou para dizer o treinador, ao final
da partida no Engenhão.
No jogo seguinte, foi dele o gol de falta
que selou o empate por 1 a 1 com a Portuguesa, no Pacaembu. Para Cleber
Xavier, Douglas se encaixou bem ao grupo principal. "Ele nunca tinha
jogado muito com o time titular, que é realmente um time mais forte.
Agora é que ele está tendo oportunidade. Isso fortalece o jogador. Atuar
ao lado de Paulinho, de Ralf, faz diferença. Não desmerecendo os outros
meninos, que ainda terão seus momentos", salienta.
A mais recente
atuação de Douglas, agora camisa 10, foi no empate em branco com o
Bahia, no domingo. Dia de fraca atuação coletiva. Apesar de Douglas ter
agradado a comissão técnica nos três jogos que fez após a saída de Alex,
ninguém pode se considerar titular absoluto no time de Tite. Muito
menos quem não dá carrinho. Afinal, o torcedor corintiano pega no pé.
Fonte: Gazeta Esportiva
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