O Corinthians quer aproveitar a desvalorização de Tevez e comprá-lo por menos da metade do preço que ofereceu em julho. Mesmo assim, ainda são números estratosféricos para a realidade do futebol brasileiro.
“A nossa primeira proposta era de 40 milhões de euros e passou para 18 (cerca de R$ 44,5 milhões) por todos os problemas que ele tem enfrentado lá na Inglaterra”, disse ontem o presidente Andrés Sanchez.
O Corinthians é o campeão brasileiro com folgas no quesito arrecadação, em jogos deste Brasileirão. Nas 14 partidas como mandante, teve média de público mais de 27 mil torcedores, bem à frente de São Paulo (23 mil), Bahia (21 mil) e Flamengo (19 mil). Mas bem abaixo do Santa Cruz, fenômeno que levou mais de 33 mil pessoas ao Estádio do Arruda nos jogos da Série D.
Ao longo deste ano, o Corinthians teve uma média de arrecadação no Pacaembu de R$ 933 por jogo. Ressalte-se que isso é renda bruta. Deduzidas todas as despesas, sobra algo em torno de R$ 600 mil. O total bruto é de R$ 13 milhões e o total líquido R$ 8,7 milhões.
Então, para comprar o passe de Tevez ao Mancheter City, o clube vai gastar 5 vezes mais do que arrecadou no Brasileirão. É lógico que Andrés Sanchez deve estar contando com outras fontes de receita, principalmente de patrocinadores. Mesmo assim, é muito dinheiro. É diferente, por exemplo, das contratações de Ronaldo e Adriano, que, apesar dos altos salários, chegaram de graça, sem nenhum investimento.
Mas Tevez certamente será bem vindo. Vai dar uma grande motivação ao clube e aos campeonatos que disputar. Até o dia que brigar de novo e resolver ir embora, como fez em todos os lugares por onde andou.
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