O Corinthians ainda não havia esquecido a polêmica derrota no último clássico contra o Santos, na Vila Belmiro. Neste domingo, os comandados de Mano Menezes demonstraram muita disposição para golear o rival por 4 a 2. Festejaram seus quatro gols com entusiasmo. No penúltimo, uniram-se para fingir que fisgavam o Peixe no Pacaembu.
A motivação do Corinthians ficou notória desde o primeiro minuto, com o gol de Jorge Henrique. Seguro na defesa, Chicão não permitiu que Neymar repetisse o chapéu que aplicou no clássico passado, com o jogo paralisado. André descontou no início do segundo tempo. Mas Bruno César, Ralf e Paulinho transformaram a vitória em goleada, antes de Marcel diminuir.
O resultado deixou o Corinthians com larga vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro, agora com 13 pontos ganhos. Receberá o Internacional na quinta-feira. Já o Santos, que perdeu a invencibilidade na competição e segue com 8 pontos, tentará se reabilitar contra o Cruzeiro, quarta-feira, no Mineirão.
O jogo - Boa parte da torcida do Corinthians ainda estava embaixo do "maior bandeirão do mundo" quando a equipe comandada por Mano Menezes abriu o placar no Pacaembu. A um minuto de partida, o meia Bruno César arriscou um chute forte de fora da área, e o goleiro Felipe deu rebote. Jorge Henrique aproveitou e conferiu.
Os jogadores do Corinthians correram em direção à torcida para dançar - uma clara resposta à maneira como os santistas comemoram os seus gols. Com a bola rolando, o time da casa também estava bem coreografado. A opção por escalar dois armadores (Bruno César e Danilo) aumentou o poder de criação diante do Santos.
A escolha de Mano parecia ser tão acertada que só o Corinthians atacou nos primeiros minutos. Aos 15, por exemplo, Jorge Henrique quase ampliou. O atacante (que havia reclamado da reserva e voltou a barrar Defederico) dividiu com a zaga adversária para escorar de cabeça um cruzamento de Roberto Carlos. A bola parou no travessão.
O Corinthians também estava seguro na defesa. Ralf se posicionou como um terceiro zagueiro e deu proteção ao time. Chicão não se intimidou com a ameaça de Neymar de repetir o chapéu que aplicou no clássico passado, com o jogo parado. Diante do atacante, o corintiano matou a bola no peito, deu um bico para frente e foi aplaudido.
O Santos só conseguiu melhorar depois dos 20 minutos, quando Paulo Henrique Ganso passou a ser mais eficiente. Aos 27, Neymar rolou a bola para Marquinhos, e Felipe fez grande defesa. A zaga do Corinthians se atrapalhou na sequência, e o meia chutou para o gol. O assistente já havia levantado a sua bandeirinha: impedimento.
O lance revoltou o time visitante. Enquanto Dorival Júnior protestava constantemente à beira do gramado, seu colega Mano Menezes sorria tranquilamente no banco de reservas do Corinthians. O Santos tentou trazer mais preocupação ao treinador rival no final do primeiro tempo, à base da velocidade de sua dupla de ataque.
Aos 38 minutos, Chicão voltou a vencer uma disputa com Neymar. O santista arriscou da entrada da área, com Felipe batido no lance. Sereno, o zagueiro afastou de cabeça para salvar a sua equipe. "Mas não tem esse negócio de resposta. Estamos só jogando o nosso futebol", disse o corintiano, satisfeito, antes de descer para o vestiário.
O Santos retornou para o segundo tempo ainda incomodado. Os jogadores não haviam aceitado um suposto tapa de William em Wesley. E Dorival não se cansou de reclamar do árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho. Quem precisou entrar em ação, no entanto, foi Mano. Jorge Henrique se contundiu e saiu ovacionado para a entrada de Iarley.
Logo em seguida, o Santos conseguiu empatar. Aos 7 minutos, Marquinhos rolou a bola para André bater cruzado para o gol. O atacante chamou os seus companheiros na direção da torcida organizada do Corinthians: sentaram no gramado e festejaram de maneira irreverente. Mas a festa dos visitantes no Pacaembu durou pouco.
O Corinthians retomou a vantagem no placar no minuto seguinte. O lateral direito improvisado Jucilei fez um bom cruzamento na área. A bola ficou com Bruno César, que chutou com violência para restabelecer a alegria no rosto dos corintianos. A felicidade era tamanha que, desta vez, não houve espaço nem para comemorações ensaiadas.
Dorival tentou reanimar o Santos com Madson e Marcel nos lugares de Neymar (que deixou o campo irritado, sem cumprimentar o companheiro) e Pará. Não adiantou. Aos 21, Ralf mostrou que suas virtudes não se resumem à marcação: passou pela defesa santista com categoria e chutou no canto. Ele e seus companheiros fisgaram o Peixe durante a vibração.
Quando a torcida já gritava "olé" e Mano Menezes estava mais aflito com a marcação, Paulinho desrespeitou a ordem de ajudar a defesa. O volante que havia substituído o elogiado Bruno César deu uma cabeçada para configurar a goleada, aos 40. Em seguida, Marcel diminuiu para o Santos também pelo alto.
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