
Dos quatro gols que o Corinthians sofreu no Paulista, três nasceram em cruzamentos. Falhas de posicionamento, falta de comunicação e saídas erradas de Felipe contribuíram para tal número e ofuscaram o fato de a equipe ser a que menos sofre finalizações (10,3 por jogo, segundo o Datafolha).
Para piorar, o Palmeiras representa grande ameaça. O time alviverde tem o melhor ataque da competição (11 gols) e é o terceiro que mais recorre a cruzamentos, característica comum do trabalho de Muricy Ramalho. Nos tempos de São Paulo, o treinador transformou a jogada em um ponto forte do time tricampeão brasileiro.
No último clássico entre as equipes, o Corinthians sofreu dois gols após bolas cruzadas na área e cedeu o empate por 2 a 2, pelo segundo turno do Brasileiro. “Estivemos muito perto da vitória no último jogo, jogamos melhor e ficamos duas vezes na frente, mas vacilamos na bola aérea. Estamos trabalhando para não tomar o gol de bola aérea”, admitiu Mano.
No treino da última sexta-feira, ele dedicou atenção especial ao fundamento. Posicionou os titulares principalmente para defender após cobranças de escanteio e faltas laterais. No sábado, a atividade se repetiu. Felipe também tem trabalhado com frequência as saídas de bola, seu ponto fraco.
O Corinthians terá sua dupla de zaga titular no clássico, já que Chicão retorna após ser preservado na rodada passada. No entanto, ele e William estavam em campo quando o Monte Azul explorou a fragilidade nos cruzamentos no empate por 1 a 1. Oeste e Mirassol também se aproveitaram. Paulo André foi titular em ambos os jogos, atuando uma vez com William e outra com Chicão.
Os corintianos devem ter pela frente Diego Souza e Robert, escolhidos para o ataque alviverde por Muricy. Robert, inclusive, é especialista na bola aérea. Neste Paulista, ele já fez dois gols, ambos de cabeça. O Palmeiras ainda conta com Cleiton Xavier. O meio-campista é responsável pelas bolas paradas e já aparece como o maior assistente do campeonato (cinco), segundo o Datafolha.
“Esse ano cobrei muito os jogadores em relação aos passes. Erramos demais em 2009 e precisávamos mudar. Isso fez a equipe criar mais chances de gol, tanto por baixo como pelo alto. É algo que tentamos trabalhar”, justificou Muricy.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mande seus comentários assim como as criticas também, mas as criticas construtivas. As sugestões e pedidos serão aceito com muito prazer. Os melhores comentários serão postados neste blogue. Assim como as criticas, sugestão e pedidos.